Limite

Não sei muito o que dizer sobre nós dois apenas lamento. Lamento por mais um caso que termina assim. Mas essa é a grande verdade, não fui feita para ser dominada, nem ser objetificada . Não vou me esconder, eu quero muito pelo contrario que possa me ver além, mas o além é muito impossível para você. E eu não estou disposta a ficar sozinha, nem um pouco. Te ensino por onde pode andar e onde pode tocar, mas juro que se desobedecer uma só regra do meu corpo, eu nunca mais permito que chegue perto dele.

Sonho

O mesmo chão que piso, é o mesmo chão que levanto voo. Não sinto segurança de ficar aqui, a dependência não me pertence. Enquanto a qualquer momento se pode trair meus sentimentos, a qualquer momento eu posso ir embora, sem medo. sofrimento é meu, as angustias são minhas e mais ninguém não tem nada a ver com isso. Te amo com a mesma intensidade que te odeio e nunca se esqueça disso. (Nunca esqueça freud) Estou indo embora e não vou voltar!

Eu coletivo

Essa indecisão do se encontrar De encontrar partículas do nosso eu espalhadas por momentos da vida E momentos as vezes tão simples mas por vezes tão marcantes E quando posso olhar ver melhor, consigo refletir estou eu, aqui sentada diante uma varanda olhando as luzes da cidade como se pudesse dominar tudo, como se fosse tão grande a nivel de me sentir dona desse espaço todo. das luzes, da cidade, os carros prédios, praças. Mas a grande verdade é que não possou o controle de muita coisa Acho que em alguns momentos se perdem até o controle sobre minha vida As decisões a serem tomadas, Pque tudo fica tão preso ao cotidiano ao comum que quando percebo Tudo se perdeu em um vazio do nada e quando digo vazio é da falta de conteúdo que se preenche a realidade É das pressões que as vezes nos controlam e nos fazem robôs, maquinas. Mas digo, que quando posso me sentir viva! Meu caro colega, não penso duas vezes E digo mais Eu canto, eu grito Me apavoro choro, riu desabafo escrevo Sem exito algum Não tenho medo de estar viva Eu quero existir E fugir na grande maioria das vezes dessa impossibilidade de ser eu Por isso pensamos coletivo. - Raíssa

Cachorros obedientes

Observo meu cachorro. Costumo dizer que ele me ama e todas essas coisas de quem tem uma paixãozinha por esses animaizinhos maravilhosas e inteligentes. Alem de ser amoroso, é obediente e essa obediência assusta, porque ele responde tão racionalmente a uma palavra, quando digo "fica" ele não se move, faz cara de triste, me obedece. As vezes, arriscaria até dizer que entende a importância de deixar ir. De entender o quanto o amor é natural e livre,porque quando ama, a gente volta e nunca esquece. E sim, eu o amo e sempre volto. E apesar de todos os medos, ele me deixa ir, porque sabe que vai me magoar tentar me fazer ficar (morder). Então eu vou... E entendo que preciso ir, pra que em algum momento eu possa voltar, que apesar de todas as inseguranças os sentimentos que nutrimos em nós dois, está entre nós dois e isso é o que nos mantem confiante que nada morre nessa palavra "fica".

Representação material

Repretações materias, eu diria. Objetos aos quais uso para representar sentimentos. As roupas, os livros, o corte de cabelo, as tatuagens. Cada um desses elementos expressos ao meu corpo e ao meu redor Tem uma representação material do que possuo em mim por dentro Cada ideia e pensamento, experiencia de vida. Dores e paixões. E é um tanto quanto curioso para o universo de fora conhecer cada um desses elementos e saber sobre as hitorias as quais pertencem. Até mesmo as poesias que escrevo, fazem parte de uma historia que esta guardado no meu eu.

Solidão

Hoje eu acordei com um aperto no coração, me sentindo tão só, como aqueles dias que a gente acorda e espera encontrar alguém do nosso lado. Mas é... você nao estava lá. E nao está mais em nenhuma mensagem que trocamos, nem nos horários tão calculados que conversamos. Você nao está mais lá, e dói nao estar, porque assim a vida fica mais vazia e eu poderia dizer que sim, o vazio é um espaço para se descobrir, mas não quando você nao pode parar. E dividir essa falta da pausa e esse excesso de vida e cansaço resumidos no que é a exploração capitalista. Sim, não ter sua companhia é uma tortura, se perceber tão sozinho quanto uma maquina ligada, é dolorido demais e dá vontade de chorar. E esse choro ninguém me rouba o que me resta de sentimento e humanidade, ninguém tira e nem destrói.

Maquina

Me sinto cansada, estremamente cansada, mas ao mesmo tempo me sinto ligada. Me tornei maquina e nem me dei conta de quando isso aconteceu. Eu acordo e durmo e todos os movimentos e horas se tornam repetitivos Nao sei muito bem o que acontece com o mundo lá fora Tudo o que sei, é que sou maquina...