quarta-feira, 27 de maio de 2015

Tudo o que sabia

Era uma hora da madrugada ela permanecia deitada, perdida em seus pensamentos. Em seus temores, consciente de sua inconsciência. Melhor era estar ali, e ficar até o amanhã, sem cansaso, sem dores. Apenas ali, não precisava de mais ninguém apenas de mim, e onde poderia estar? Sei lá, era o que se resumia de tudo e de seus pensamentos. Respostas já não mais sustentavam, bom era poder ter paz, ouvir o assobio dos pássaros, sonhar junto às estrelas, acompanhar o infinito do espaço e era tudo o que sabia fazer.

-Aurora

domingo, 24 de maio de 2015

Alma

Era uma menina no corpo de mulher, eram sonhos dentro de uma cabeça, um mundo dentro de pensamentos. Era vazio demais que se escondia, momentos demais que se enchiam, eram presentes e mais nada. Pensamentos e envolvimentos, que torna a alma cadente, torna a alma quente e vazia.

-Aurora

Noite

Era tarde, escuro. A dor era contínua e as estrelas tbm e tudo em volta era frio demais. Queria ficar deitada naquele canta, só. A palavra que me acompanha, que se repete e se amortece à cada queda de cada tombo e quando levanto, por que sei que sou só.
Mas eu me viro do avesso, me esqueço, enlouqueço e é só, sempre assim. Pra sempre assim, só. Me sustento!

-Aurora

Tela (...)

Se me esconsesse em meio tintas, igual a pensamentos a terra seria colorida, com todos essas dores que carrego por dentro. Seria, a ficção dos meus dias, fixação do meus pensamentos, corrimento das minhas emoções, Socorro das  minhas angústias, dores dos meus prazeres. Seria, o fim dos meus dias, em apenas uma tela pintada. Seria eu e mais nada.

-Aurora

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Lembranças

Só, é o que me define, talvez pra sempre, talvez agora.
Eu não tenho medo do futuro, o que me assombra é o passado de lembranças monótonas, e o silêncio que cala minha boca, enquanto penso, e penso só. Sozinha. Por que os pensamentos me pertencem e ninguém os roubará ninguém os tirará, por que são meus e permanecerei nessa ancia sem rumo, nesse medo sem escuro. E há quem não me entenderá. Porém, permanecerei assim sem breque, mas calada. E aí de quem ousar dizer que sou muito calada, não ouviu o barulho da minha mente. Não sentiu o que um ser humano sente.    Viverei assim, até que os dia permaneçam no seu fim, permaneçam nas suas lembranças, permaneçam na sua infância.

-Aurora

Não nos contemos

Tudo o que me basta, são as lembranças. As lembranças do seu pescoço, a lembrança da sua boca e do seu corpo quente encostado ao meu. Não me importo que não dure pra sempre, me importo com as lembranças, com os pontos, os limites.
São dois em dois, não te pertenço, nem me pertences, mas isso não muda o sentido das palavras quando digo que gosto de estar com você.
Apenas muda o entendimento de que somos diferentes, porém tão iguais, mas não nos contemos, apenas em sentimento, em prazer, no colo, na cama.

-Aurora

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Tinta

Ela deitou de lado, como se não houvesse mais espaço pra se esticar, encolheu as pernas e suspirou entre as cobertas. Queria a liberdade, a democracia dentro de si mesma, ela queria se pertencer, ela queria tanta coisa que já não cabia mais à ela lutar pelo o que queria. Apenas esperar por um dia em que as coisas se resolvessem sem que ela gasta-se tanto tempo em vão. Então, levantou-se e foi criar o que ainda não existia, foi se deitar nos seus sonhos, na sua liberdade, estinta liberdade que à prendia. Nua mas com o corpo coberto de tinta, ela era feliz de um jeito que ninguém mais compreendia, uma nudez humana, natural de quem nasce pra ser feliz sozinha.

-Aurora

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Asas

Vazia, vazia, vazia. Tão cheia de pensamento, mas vazia. Tudo o que eu tenho é você, asas em mim. Você que me faz voar, ser esse pássaro sem fim. asas é tudo pra mim. Asas não me deixe só aqui, asas, você não entende que és tudo o que eu tenho, sem você a realidade fica sem desenho, a realidade fica sombria, fica vazia, ela pertence à um fim. Asas és tudo pra mim!

-Aurora

domingo, 10 de maio de 2015

Dentro de mim

A gente acorda as vezes sentindo a falta,um vazio no peito, uma vontade louca de que a vida grite pra gente poder acordar. Acordar do pesadelo, do sonho, ds ilusão, da falsidade, do esconderijo mortal. Mas agora, eu só quero ficar só, não quero que ninguém entre no meu mundo. Minhas portas estão fechada e não quero sair, permanecerei dentro de mim, até eu poder sonhar de novo.

-Aurora

sábado, 9 de maio de 2015

Amor Natural!

“Não te vejo não te escuto não te aperto / mas tua boca está presente, adorando / Adorando / Nunca pensei ter entre as coxas um deus”. assim Carlos Drummond de Andrade cantou esta posição, em O Amor Natural."


- Aurora

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Definição

 Ter a liberdade em nossa próprias mão, é prisão demais. Então, por que não se solta? Se solta de tudo?
 Não há nada aqui, nem ali. Não se fruste, aos poucos verá que a vida é bela, quando se esquece de esperar e se fica no agora. É viver nesse infinito de momentos repletos de agora ou esquecer da vida e viver na frustrações do mundo e de pessoas escondendo o que há dentro de nós. E enfim, definir o que não se encontra definição.

-Aurora

Meu corpo, minha mente; Minha liberdade, então!

Meu corpo, meus seios, meus meios.
Forma de ver a ilusão, são cadeias e teias,
não há mais nada que uma bela prisão.
 Na mente, na frente, atrás, então.
Um belo sorriso inocente, sem perder a razão.
 nada se perde tudo se constrói à não ser a indignação.

Mundo doente, descrente.
faça sua suplica, então.
permaneça ausente, na sua eterna falsificação.
permaneça presente, nessa inerte prisão.

- Aurora

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Passarinhos

Quero que voem como pássaros e não pulem de galho em galho. Não quero que se sintam presos à uma gaiola, violenta e sem fim. Não quero ser tortura pra você, nem pra mim. Quero que sintam-se à vontade, senhorxs passarinhos. Fiquem à vontade à criticas, comentários elogios, curtidas. Mas demonstrem sua presença. Sua ignorância ou benevolência. Então passarinhos voem, e esclareçam para mim em que direção devo voar. A que lado devo seguir, não me deixem planar sozinha, quero carregar milhares comigo, o tanto que for possível!

-Aurora

Poesia

Felicidade, deveria ser instinto,
como a poesia humana.
Como o faro, como a dor.
 Poesia deveria ser mais que tudo,
ser nossa de um jeito mais vagabundo.
 De um jeito mais instantâneo, mais vazio
e completo em todas as cores, em todos os sentido,
 em todos os tatos, em todos os ouvidos.

 Poesia deveria ser minha alma,
pulsando quente tudo o que sente.
 Poesia deveria... mas não é só minha,
não é só sua. Poesia não é egoísta.
 Poesia, é ser, ser sua, é ser minha, é ser tudo
 e um pouco mais que vida.

-Aurora

domingo, 3 de maio de 2015

Nada

As vezes sento pra escrever e não sai nada, de tudo não sai nada. Sai apenas as pelancas caídas da minha pele, enferrujada. O restante que a vida me poupou, os restos que de maneira esplendida ainda me pertence e em certos momentos, me alcançam, nesse alvoroço que me sequestra, há dor e mais nada. Porque nada é possível, tudo é tão viciável, que sinto falta de uma crença, esperança da luz divina, mas ela eu não possuo, possua a realidade em mim. Não consigo viajar em outros planetas estando aqui. e é assim, simples assim. Continuo aqui.

- Aurora

sábado, 2 de maio de 2015

Caixas

Sabe, tenho pensado. Quantas pessoas se sentem livre e realmente são livre? Porque nós nos colocamos dentro de caixinhas tão desconfortáveis, e os pensamentos já são tão, automático, tudo tão programado.
 Me sinto incomodada, porque eu não consigo caber dentro dessas caixinhas que me colocam e acho que nem as pessoas, quando tento coloca-las dentro de caixinhas. Por que eu explodo dentro de caixas, minha mente não cabe dentro de caixa alguma e acho que a mente de ninguém, cabe em uma. Se elas realmente fossem livres, as caixas seriam o universo em expansão e nossa mente o acompanharia. Mas nos diminuímos tanto que fomos parar em caixinhas, até quando morremos, insistem em colocar-nos dentro de uma caixa. Mas eu me nego, me nego a morte, quero viver! E se morrer, não quero ser colocada dentro de uma caixa, que me queimem e joguem minhas cinzas ao vento, assim permanecerei livre. Talvez permaneça desligada, mas em algum lugar meus pensamentos vão permanecer à desabrochar sobre o universo, que me permita estar em expansão. E quando digo eu, não é, eu corpo, é eu pensamento. Aquele que faz de mim quem sou.

- Aurora

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Ser meu próprio amo

Aos desejos e vontade, ao ser que se diz humano. Que escraviza e multiplica essa dor de não se conter em si. Sofro, sofro e sofro muito. Não me pertenço, pela lei, sou de outro alguém, por isso surto, enlouqueço, prefiro me virar do avesso do que permanecer em mim. Não pertenço, pertencer, não existe esse verbo dentro de mim, sou livre, me fiz livre, e em liberdade sou. Em liberdade sou minha, em liberdade posso falar, posso gritar, posso dizer aonde dói e posso dizer não. E eu digo não, não aos que querem me pertencer, que querem me fazer escrava dessa querer. E direi aos ouvidos mais surdos o que é a dor de ter que se esconder atrás de um nome, a dor de se esconder em palavras e sofrer esse assalto humano, que me invade e me incapacita de ser quem sou. Eu só quero sair, só quero viver, quero deixar aquilo que é vivo me invadir. Não quero que meu mundo seja mais violentado por memorias e lembranças, quero viver só, quero viver com a capacidade de ser humana. De falar, comunicar e proteger com a própria vida aos que sofrem essa agonia. Quero ser meu próprio amo.

- Aurora

Momento

Era fim de tarde, sentia a brisa passar. Ouvia sua voz no meu ouvindo, soando como um vento ofegante que me acariciava de maneira que me vazia gemer, e um gemido prazeroso que esquentava ambos os corpos que se encontravam ali. suas mão deslizavam em mim, e eu a te apertar com uma angustia de querer mais, uma angustia de quem não queria sair mais de um determinado momento, em que poderia esquecer todas aquelas dores e todos gritos que o mundo surrava em me dar. Um momento em que me pertencia, eu, sendo eu e você, sendo você. Não era preciso se esconder, mesmo tão perto de um surto e longe de tudo, eram os nossos mundos incompletos em si, se distraindo, enquanto tempo. Enquanto o vento não nos trazia mais nada com que nos preocupar, estava em paz. E não queria mais nada, apenas mais momentos assim. Com você ou outro alguém, mesmo que esse alguém se escondesse em mim, dentro de mim, na solidão de uma breve masturbação. E paz, enfim...

-Aurora

Mulher em liberdade

Hoje acordei, o mundo parecia feliz, de um jeito estranho. Então deitei minha cabeça novamente no travesseiro, respirei lentamente, pensei, pensei. Os segundos estavam tão confortáveis, que descobri o que havia sido descoberto por alguns mas não por mim,  descobri o agora. E ao me tocar o prazer foi imenso, estar sozinha parecia um espaço à se esconder em liberdade. E a mulher que se escondia do mundo se deleitou sobre sua liberdade. Logo vieram a me chamar, Aurora! E tempos depois, decidi levantar, como quem acorda de um sonho bom, mas quer continuar à sonhar.
E o mundo começou a me invadir de um jeito brutal, que eu não pude suportar. Então, me escondi, pra depois decidir lutar.

-Aurora